3.24.2009

Gran Torino



Quando me sugeriram torci o nariz. Chamem-me superficial mas o nome sugere-me carros e, bom, é o suficiente. No entanto também sabia que é um filme do Clint Eastwood, e geralmente estes são compostos por muito dramas, risos, momentos de aflição e uma boa dose de choro. Bom, este não é excepção. Encheu-me as medidas, transbordou aliás. Este é um filme que aborda tanta coisa, uns assuntos mais óbvios que outros, mas aborda a relação das pessoas de uma maneira que me provoca arrepios sempre que flashbacks me veem a cabeca. E fez-me questionar, procurar respostas para perguntas como como é que algumas pessoas tem uma visão tao distorcida do que é e o que não é correcto? Qual é a sua ordem de pensamentos para agirem de certa maneira? Pensamentos? O que é que vai ali? O que é necessário para alguém nos mudar? Quanto custa? E poderemos generalizar assim as coisas? Porque é que o comportamento humano é muitas vezes animal? Pior mesmo! Quando é que ficámos assim? Como é que as grandes pessoas, aquelas que fazem mesmo a diferença andam tantas vezes refugiadas e escondidas ou desaparecidas e as outras... bem, as outras nunca desaparecem? Não deveria haver um objectivo único para as pessoas do mundo? Porque o contrário? Porque há pessoas que querem o contrário? Provavelmente tenho uma mente ainda muito... (não sei o nome, qualquer coisa que transmita a incapacidade para compreender certas complexidades da profundeza da mente humana), mas deve haver uma resposta para todas estas perguntas. E isto é so uma parte, depois há a parte das relações pessoais, de pessoas que vivem uma vida inteira com as supostas pessoas mais importantes do mundo para elas, mas que, por alguma razão, a felicidade e harmonia comum é impossível... mas isso para mim é ainda mais complexo, e muito muito comum, vá-se lá perceber porquê.



Muitas perguntas e uma grande dor de cabeça. E de garganta. Dia para ficar em casa. Dito e feito.

1 comentário:

Anónimo disse...

Também achava que não valia apena o filme. Mas fui e comoveu-me bastante. E acho que o grande problema do mundo é de facto não ser possivel seguirmos todos o mesmo caminho. A vida já é dificil, mas existem pessoas que sofreram e sofrem como mtos de nos não imaginamos. E isso molda-os, transforma-os no que é suposto serem. E mtas vezs o bem e o mal não é defenido. Mtas vezs a unica coisa q cnhecm é simplsmnte aquilo. Para mtos torna-se na lei do mais forte no mais primitivo que ela pode ser. E para outros nem tudo esta “totalmnte perdido”. Afinal, ele não passava de um homem amargurado, maldoso, preconceituoso e sozinho que no fim descobre e da uma oportunidade ao amor, a uma família.