Os escudos éramos todos nós, a peça foi montada, a vida daqueles jovens foi agarrada por nós, aliás, nós demos-lhe vida, somos todos pedaços de escudos… Larguei os escudos, estou a crescer com o grupo! Parti à descoberta, partimos para salvar o mundo. E como escudos humanos que somos ou tentamos ser, iremos até ao fim, até onde a vontade quiser! Os sonhos dão sentido à nossa existência, a procura de tornar tudo colorido e alcançá-los é a meta da felicidade. Retis, um grupo que torna viva a vida! Será ela justa para muita gente? Obviamente que não, os escudos humanos tiveram a oportunidade de assistir ás coisas horríveis da guerra. Viveram durante dias uma aventura, um ideal, mas acabaram esquecidos, assim foram os Escudos Humanos. E os Reticências tentam recriar e reviver essa fabulosa aventura. A aventura que é vivida por um grupo de adolescentes, cada um com ideias diferentes uns dos outros e que se juntam com um objectivo comum que por mais que seja criticado é vivido intensamente. É tudo intenso, a respiração, o olhar. Todos nós temos como objectivo mudar o mundo, torna-lo um lugar melhor. Melhor do que isto não há porque nós já passámos pr’além daquilo que consideramos melhor. O melhor dos “Escudos Humanos” é a forma como está escrito com uma linguagem muito inteligente, é irónico. Uma palavra que espelha toda uma peça. Uma guerra, as vitimas de uma guerra, os sonhadores que querem acabar com essa guerra e os danos… danos das vitimas, danos dos sonhadores, danos da guerra. A guerra que começou porque suspeitava-se que um pais tinha mais armas químicas que outro. Outro esse que não se sabe o que está aqui a fazer. Mas, se aqui está, é com um objectivo. Objectivo que será concluído agora mesmo, sem demora. Sem demora, corremos para aquilo que seria a maior loucura de sempre, corremos para aquilo que acreditávamos. Acreditávamos na paz, na amizade, em sonhos, no teatro, no céu que parecia infinito, nas bolachas Maria e nas minis pretas. Não precisávamos de mais nada para ser felizes… A guerra não faz feliz ninguém. Mas por vezes ninguém compreende. No entanto, este é o objectivo, e faz-nos felizes. É por isso que estávamos ali. Tínhamos tudo o que era necessário… Tínhamo-nos a nós. Os Escudos Humanos estavam prontos a mudar o mundo! Talvez eu tenha mudado. O meu mundo. Esta peça faz-nos pensar nas coisas como elas são, ou devem ser. Sonhos? Tenho muitos… Muitos momentos guardados nesta minha pequena caixinha, onde guardo o mais precioso, aquilo que nada nem ninguém me pode tirar - as memorias. Memoria destes escudos de todas as cores, pequenas fitas magicas que se ligam entre si criando laços maiores que qualquer guerra, que qualquer conflito. Somos maiores que… o mundo, que nós mesmos, houve uma extrapolação e neste mergulho soubemos respirar bem e aguentar; foi e será sempre um mergulho delicioso. Preferíamos ter ficado lá dentro, suspensos naquelas águas na nossa casa. Nesta casa, com esta família que são os Reticências. Estas pessoas fantásticas, estes escudos. Não, Escudo. Dou tudo… alma e olhos e dedos que plantam flores: amores perfeitos, antes. Quero-os tanto… Cheiram a terra e a bossa-nova à beira mar. Um dia sem guerra, todos os sorrisos destes humanos escudos. Moeda antiga de recordação… Até já Amores Perfeitos!
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