5.20.2008


E depois sente-se aquela apatia que aparentemente vem para ficar. Não fica mas custa muito a que se vá. Pior do que estar a chorar, é estar sempre a sentir a vontade de o fazer. Estar constantemente com uma pressão junto aos olhos que nos faz sentir necessidade de andar sempre com um lenço de papel no bolso do casaco, não vá o dique desabar e as lágrimas começarem a cair. Não dá para explicar porque só quero estar com eles, brincar com eles, rir com eles, viver com eles. Não dá para explicar o que vivemos, o que sentimos, porque choramos. Não dá para explicar e ponto final.
E depois tenho medo. Estou farta de o dizer (farta mesmo) mas tenho-o. Há aquela ironia engraçada do destino - ou das nossas mentes - ou da alma - não interessa - mas o que há de engraçado é que quero com toda a minha força saber quem sou eu daqui a um ano. Por outro lado senti vontade de um cliché que nunca tinha sentido - partir para longe em busca de qualquer coisa. Sem nada, apenas com algo para poder começar de novo. Sentir como prioridade apenas a minha sobrevivência e as melhoras notórias de dia para dia. Assim, todas as outras prioridades não teriam tanta relevância. Ou pelo menos não seriam tão dificeis de resolver. Pelo menos gosto de pensar assim. E é em alturas destas, em que estou na corda bamba, entre o que é bom e o nem tanto, que me apercebo do quanto a vida é feita de decisões. É isso.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não tenhas medo.


Beijinho*

outra Flor... disse...

Hope There's Someone.


Vou-te deixar uma pequeníssima parte do meu coração, antes da Tília...


"...e levavam com eles memórias, figuras enternecidas de afectos e visões..."