1.17.2009

Apercebi-me que a minha vida até agora tem sido uma constante experimentação (posso dizer experimentação?) de técnicas para aprender a ser feliz. Um círculo de métodos. Como quando se escolhe o bolo ideal para o casamento, ou melhor, como quando experimentamos 1001 casacos até acharmos aquele que sabemos que não nos vai deixar ficar mal porque nos assenta na perfeição. Porque é precisamente daquele casaco que andamos à procura e que vamos usar durante anos e que eventualmente depois de tanto usar vamos ter sempre guardado numa gavetinha. É um experimentar de cores até que chegamos á tal em dizems: "It works for me!". Não digo que seja durante toda a nossa vida, até porque há uma inevitável sucessão de coisas que nos levam a mudar, seja o esbatimento da cor, ou o desgaste do casaco, o nosso crescimento ou simplesmente o facto de já não precisarmos dele porque estamos bem assim. Mas quando não estamos em nenhuma das fases depois de imenso tempo dedicado em busca de uma delas, it's a mess. Mais uma vez, é como um dia de compras mal sucedido, quando não encontrramos nada do que vamos à procura, que chega a ser frustrante, mas sobretudo, cansativo. Não significa que não encontremos coisas engraçadas, mas não encontramos Aquele casaco!
Felizmente apercebi-me que as coisas são mesmo assim e isso para mim, para a minha complicada, baralhada, muito neurótica(ada), e um tanto ou quanto ([______________...]) sonhadora cabeça, isso é um grande achado! Principalmente porque sou bastante lenta a processar muitas coisas. Coisas importantes. E eu estou feliz por me ter apercebido disso. Pergunto-me se ainda vai demorar muito até encontrar o casaco. Eu sei que não o podemos vestir para sempre, mas não podemos andar sem um, ainda para mais com este frio! (piadinha..)
Até lá, vou comprando casacos giros e na moda, alguns em saldos que agora é de aproveitar (mais uma piada fantástica), e vou pensando numa maneira inteligente de chegar sã e salva à imagem que tenho na cabeça de uma rapariga fantástica numa sala de estar ampla, cheia de luz, em tons branco, cinza, ardózia, verde, beringela e mogno, com uma grande fotografia dela tirada pela Annie Leibovitz e ladeada por um grande painel de janelas numa das paredes que tem vista para um jardim fantástico do género "Orgulho e Preconceito", com ligação para a cozinha verde e branca construída pela Inês (a cozinha e o resto da casa). Voltando à tal rapariga fantástica, vejo-a numa hanging chair dos Nana & Jorgen Ditzel, a falar com a pessoa a quem dedicou o poema do G. G. Marquez, aquele da Sophia, o do António Ramos Rosa e tantos outros que ela lia alto sem nenhum som mais à sua volta, e todas as músicas de amor que ela tanto ansiava por dedicar a alguém...
Sim, dediquei demasiado tempo para pensar nisso. mais do que uma pessoa normal dedicaria, mas na falta de melhor para pensar...
Até amanhã*
P.S.: Ando a procura de um trench-coat branco ou beje, mas ainda não encontrei o ideal..

1 comentário:

MM disse...

Fiquei contente por teres lá aparecido ontem, já tinha saudades =D