9.29.2008

Uma reliquia da minha infância

(titulo previsivel hein?)

A Pocahontas é tão bonita! Hoje vi o filme numa cassete VHS, estou mesmo feliz.

"Para encontrares o caminho, ouve o teu coração." Avó Willow

Acho que estranho, não deixando de ser fascinante, é o adjectivo mais adequado para o que senti ao ver o filme ao fim de tanto tempo. A nossa perspectiva em relação a tudo no filme é tão esmagadoramente diferente que até assusta. Quando somos crianças, embora a história esteja toda lá, todas as frases, linhas e entrelinhas, todas as imagens, toda a moral, a complexidade (estranho dizer isto de um filme infantil) das personagens e da história, é quase imperceptível (será?). No fundo captamos apenas o mais simples, aquilo que está, digamos, à tona. Agora é tudo tão mais intrínseco! O mal não é só um, tal como o bem não é só um. Não há dois lados, há mil, e assim a história deixa de ser uma história para crianças, mesmo que tenha sido concebida para tal. Não quero ser desmancha-prazeres para aqueles que gostam de filmes infantis, até porque não há ninguém que goste mais de uma "Pocahontas", "Rei Leão", "Livro da Selva" ou "Bela e o Monstro" do que eu, mas é tão estranho ver como a nossa perspectiva muda, no fundo, é tão estranho ver como crescemos tanto! Até onde é que vai de facto a percepção das crianças ao ver estes filmes? Ou melhor, até onde é que todos os assuntos subjectivos que estão por detrás do filme entram nas cabeças deles?

Complexidades à parte, é absolutamente delicioso ver como me lembro automaticamente de todas as músicas só de ouvir a primeira nota, como todo o filme me vem à cabeça à medida que as cenas vão decorrendo, como certos gestos das personagens, como a Pocahontas a por o cabelo atrás da orelha, ou a andar, ou o John Smith a pôr o elmo na cabeça, ou o Mico a apanhar as migalhas dos biscoitos do chão, ou ela a impedir o pai de o matar, ou a querida voz Avó Willow a falar com a Pocahontas sobre o caminho a tomar, ou mesmo o Thomas a disparar no Kokun.. Um filme pode tratar de assuntos mais profundos do que aqueles que aparenta, mas será que esses assuntos também não nos podem ajudar?


Hoje tive um bom, aliás, um muito bom dia. Um inesperado bom dia, que é o que se quer ultimamente. Coisas boas.

"Quero ver, quero mais que um sonho.
Depois do rio o que é que vem?"

9.25.2008

pensamento de uma semana inteira num post às 23h44

Por muito que nos tentemos convencer do contrário, ou se calhar até sou só eu, não sei, estou meramente a divagar, cada vez que queremos estabelecer uma etapa nova na nossa vida, marcamos sempre uma data para o começo dela, ainda que na esmagadora maioria das vezes essa data não seja cumprida. A questão é, sem contar com aquelas tretas de força de vontade, empenho bla bla bla, o que é necessário para que essa etapa seja colocada em acção, e, mais importante, ser levada até ao fim? E se a data que marcamos para o começo dessa etapa não se realiza? E se depois ficamos presos na inercia até sabe-se lá quando e volta tudo à estaca zero? E se eu disser que sinto uma vontade gigante de por em prática todas as minhas etapas mas que me falta qualquer coisa.. não sei o quê.. é uma merda...

Preciso de alguma coisa...


...

se calhar devia deixar-me de etapas...

boa noite.

9.23.2008

pic-nic

entre canticos d'anjos entoados numa clareira de final de início de Outono, greguerias declamadas numa cave cheia de olhares semi, indiscretos, abertos, outros que nem tanto, canções de todos os tempos, conversas do tudo e do nada e mantas espalhadas pelo chão... não sei o que dizer. Sei que é o que reúne tudo isso que me mantém, nem que seja um bocadinho, a olhar para a frente. Esses três pontos especiais que me impedem de cair.

tenho a cabeça colapsada. não sei desde quando. só uma reacção. não há resposta.

9.22.2008

recordemos esta folia...

e o melhor que nela fomos.

9.19.2008

that's life

one day i'll grow up, and be a beautiful woman.

9.09.2008



The great stage of fools..